segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quanto custa uma Passagem para o Inferno?


Jornal Diário de S. Paulo

A droga é amante da violência. E elas não aceitam discutir relação. Aprisionam em um espiral de medo e desespero, não raro terminando em morte, quem busca o flerte. Em pouco tempo, usuários de drogas e seus familiares se tornam reféns no círculo de destruição. Não há amor que dure diante da droga.
Nem entre mãe e filho. Bem o sabe a doméstica I.S., 42 anos, que acorrentou o filho de 13 no sofá de casa para evitar que ele consumisse crack. Ela morava na região sul de São José e tentava tirar o filho do vício desde os 10 anos. Não conseguiu. A saída foi acorrentá-lo para evitar a morte do menino. “Se aquilo não terminasse, a única solução era matar meu filho e depois me matar. Não havia mais vida”, disse ela, que mandou o jovem para morar com o pai, no Piauí em 2011 para vê-lo longe do tráfico.