O envolvimento de Edimilson, de 48 anos, com as drogas foge de todos os estereótipos envolvendo viciados. Ao contrário da maioria ele não era mais um adolescente quando entrou nesse caminho. Já tinha 32 anos e todos os indícios de que teria uma vida estável.
Funcionário Público, ele afirma que começou a se envolver com as drogas para não se sentir excluído de um grupo de amigos. Não precisou de muito tempo para Edimilson se sentir sufocado pelo álcool e pelo crack. Em 2009 ele resolveu pedir ajuda ao Projeto CRERES* (Centro de Reabilitação e Reinserção Social de São Vicente).
" Quase perdi meu emprego. Tinha casa própria, com móveis bonitos, e vendi tudo para comprar drogas. Fui morar na favela. Minha esposa me deixou. Mas nem posso reclamar, pois ela já havia me dado várias oportunidades", conta.
A saída veio quando ele não acreditava mais. Após aprontar muito, foi convocado para uma reunião com seu supervisor. Em vez de uma bronca ou exoneração, uma proposta: aceitar passar pelo tratamento de reabilitação em 2009.
"Talvez fosse a minha última chance. Naquele tempo, eu já era escravo do vício. Não tinha dinheiro, nem vida, sonhos ou expectativas. Acordava com fome e usava drogas para me saciar. Estava cansado e usava drogas para me animar. Era um caso perdido".
Após o término do tratamento no CRERES*, Edimilson se vê totalmente recuperado. Hoje, mais de dois anos se passaram, e aquele homem sem sonhos e expectativas tem recuperado dia após dia tudo o que as drogas haviam lhe roubado. Perto da família e feliz, fazendo parte do Projeto que tanto o ajudou, ele declara: "Hoje, vejo que não há caso perdido".
*CRERES - (13) 35662526
Eu sou testemunha do que meu pai passou naquela época. Acabamos nos afastando por um tempo por conta do comportamento dele. Hoje, graças a Deus, ele está bem e FELIZ!
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