quarta-feira, 27 de julho de 2011

Superando o Caos - Por Augusto Cury

Se o dependente se psicoadaptar à sua miséria, se não tiver mais esperança do que pode ser livre, não há como ajudá-lo, pois engoliu a chave da sua liberdade. Do mesmo modo, se um paciente com depressão ou obsessão crônica conformar-se a sua doença, e não acreditar que poderá resolvê-la, ter-se-á tornado seu pior inimigo, terá criado uma barreira intransponível que o impede de ser ajudado. É preciso romper a ditadura do conformismo, caso contrário, nunca encontraremos a liberdade.
Um dos maiores inimigos do homem é sua baixa auto-estima. A auto estima não como orgulho superficial e auto suficiente, mas como respeito e consideração pela vida, é fundamental. O homem que despreza sua vida e a enxerga como uma lata de lixo, jamais terá condições de romper o cárcere da sua doença.
É possível resolver as doenças mais graves e crônicas na Psiquiatria, mesmo que já tenha havido tratamentos anteriores fracassados. O importante é não desistir nunca, jamais abandonar a si mesmo. É possível recomeçar sempre, retomar as forças e abrir as janelas da mente para uma nova vida.
Nesses anos todos de pesquisa psicológica, percebi que nada cultiva mais uma doença do que ter uma postura "coitadista" diante dela, colocar-se como pobre miserável diante da vida. Por outro lado, nada destrói mais uma doença e esfacela seus mecanismos inconscientes do que enfrentá-la com coragem e inteligência.
Vi homens se levantarem do caos e conquistarem uma nova vida. Vi pessoas que tinham mais de vinte anos de dependência de drogas que, por diversas vezes, quase morreram por overdose e que se sentiam impotentes diante do cárcere da dependência, mas, por fim, a venceram. Vi pessoas com mais de trinta anos de depressão grave, que passaram nas mãos de muitos psiquiatras, tomaram quase todo arsenal medicamentoso disponível, tinham perdido completamente a esperança de vida e, por fim, resgataram o prazer de viver.
Enfim, vi pacientes considerados irrecuperáveis, desanimados por tantos tratamentos fracassados, conseguindo resgatar a liderança do eu nos focos de tensão, enfrentando com ousadia não apenas a sua doença, mas seu próprio desânimo.TAIS HOMENS DEIXARAM DE SER ESPECTADORES PASSIVOS E TORNARAM-SE AGENTES MODIFICADORES DE SUA MISÉRIA.


Texto extraído do Livro: Superando o cárcere da emoção.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A maldição dos 27 anos

ODIA online - Londres - A cantora Amy Winehouse passa a integrar um trágico grupo de estrelas da música que morreram aos 27 anos, o chamado ‘Clube dos 27’. Brian Jones, membro fundador dos Rolling Stones, o guitarrista Jimi Hendrix, a cantora Janis Joplin, o vocalista do The Doors, Jim Morrison e Kurt Cobain, líder do Nirvana são alguns outros representantes do malfadado grupo.
O primeiro a morrer aos 27 foi Brian Jones, que deixou os Rolling Stones após desentendimentos com a banda. Jones tinha problemas com álcool e drogas e morreu afogado na piscina da sua casa, em 1969.
Hendrix, o mago das guitarras, entrou para o grupo no ano seguinte. Ele se engasgou com seu próprio vômito, em 1970, após ingerir pílulas para dormir e beber vinho. Menos de um mês depois, em 4 de outubro, Joplin morreu também aos 27 anos, possivelmente por uma overdose de heroína.
Em 1971, Morrison entrou para a lista fatal. O vocalista do The Doors morreu em uma banheira num hotel de Paris, obeso e alcoólatra. Já Cobain, que morreu em abril de 1994, se matou com um tiro de espingarda em sua casa, em Seattle, também aos 27 anos.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Codependência - Por Nar-Anon


O grupo Familiar Nar-Anon é essencialmente para você que tem ou já teve um sentimento de desespero relacionado ao problema de dependência química de alguém muito próximo. O propósito do grupo é prestar ajuda a familiares e amigos de dependentes químicos. 

Codependência

Codependência é um termo usado por profissionais, que pode confundir ou contrariar a mensagem de recuperação do Nar-Anon. Portanto, esse e outros termos, são evitados em nossas reuniões regulares, porque tendem a enfocar o dependente químico.
O Nar-Anon colabora com profissionais e organizações de fora, mas não é afiliado a determinadas pessoas ou terapias específicas. Mantém a sua autonomia e não pode se desviar do seu propósito primordial.
Um Grupo de Nar-Anon não pode resolver todos os problemas pessoais de seus membros. Ao invés de tentar resolver os problemas de todo mundo, sugere a quem precisa de ajuda, o encaminhamento a fontes apropriadas.

A doença da família

A adicção (dependência química) é a doença do adicto (dependente químico), provocada pelo uso de drogas. Entendemos que se trata de uma doença reflexiva, porque afeta a estrutura familiar e os relacionamentos desse núcleo básico da sociedade. A insanidade decorrente dessa situação pode trazer consequências desastrosas.
O familiar necessita de ajuda para escapar da imobilidade decorrente de lutas e fugas frustradas. A família, fora de ritmo, reluta ou não sabe como promover o desligamento requerido, permanecendo indefesa. Ausente, deixa de estabelecer limites, confundindo-os com repressão.
Nossa experiência revela que o uso compulsivo de drogas não indica falta de afeto pela família. Não é uma questão de amor, mas de doença. O dependente químico perdeu a capacidade de opção em matéria de drogas. Mesmo quando sabe o que acontece, quando toma o primeiro teco, ele a usará.
Familiares, parentes, amigos, empregadores, colegas tentam controlar o adicto. Sentem-se culpadas e com medo. Tornam-se doentes emocionalmente.
Uma pessoa pode tornar-se adicta através de medicamentos ou de drogas de rua. O resultado é o mesmo. Alguns podem atuar razoavelmente bem em seus empregos, enquanto a família, amigos e companheiros de trabalho os encobrirem. Porém, a adicção afetará toda ou parte de suas vidas social, familiar ou econômica. Mesmo quando o usuário tenta passar sem drogas, a síndrome de abstinência é tão dolorosa que ele volta às drogas para aliviar a dor.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Craqueiras e Craqueiros - Por Drauzio Varella

Não seria mais sensato construir clínicas pelo país com pessoal treinado para lidar com dependentes?
A CONTRAGOSTO, sou daqueles a favor da internação compulsória dos dependentes de crack.
Peço a você, leitor apressado, que me deixe explicar, antes de me xingar de fascista, de me acusar de defensor dos hospícios medievais ou de se referir à minha progenitora sem o devido respeito.
A epidemia de crack partiu dos grandes centros urbanos e chegou às cidades pequenas; difícil encontrar um lugarejo livre dessa praga.
Embora todos concordem que é preciso combatê-la, até aqui fomos incapazes de elaborar uma estratégia nacional destinada a recuperar os usuários para reintegrá-los à sociedade.
De acordo com a legislação atual, o dependente só pode ser internado por iniciativa própria. Tudo bem, parece democrático respeitar a vontade do cidadão que prefere viver na rua do que ser levado para onde não deseja ir. No caso de quem fuma crack, no entanto, o que parece certo talvez não o seja.


No crack, como em outras drogas inala das, a absorção no interior dos alvéolos pulmonares é muito rápida: do cachimbo ao cérebro a cocaína tragada leva de seis a dez segundos. Essa ação quase instantânea provoca uma onda de prazer avassalador, mas de curta duração, combinação de características que aprisiona o usuário nas garras do traficante.
Como a repetição do uso de qualquer droga psicoativa induz tolerância, o barato se torna cada vez menos intenso e mais fugaz. Paradoxalmente, entretanto, os circuitos cerebrais que nos incitam a buscar as sensações agradáveis que o corpo já experimentou permanecem ativados, instigando o usuário a fumar a pedra seguinte, mesmo que a recompensa seja ínfima; mesmo que desperte a paranoia persecutória de imaginar que os inimigos entrarão por baixo da porta.
A simples visão da droga enlouquece o dependente: o coração dispara, as mãos congelam, os intestinos se contorcem em cólicas e a ansiedade toma o corpo todo; podem surgir náuseas, vômitos e diarreia.
Quebrar essa sequência perversa de eventos neuroquímicos não é tão difícil: basta manter o usuário longe da droga, dos locais em que ele a consumia e do contato com pessoas sob o efeito dela. A cocaína não tem o poder de adição que muitos supõem, não é como o cigarro cuja abstinência leva o fumante ao desespero esteja onde estiver.
Vale a pena chegar perto de uma cracolândia para entender como é primária a ideia de que o craqueiro pode decidir em sã consciência o melhor caminho para a sua vida. Com o crack ao alcance da mão, ele é um farrapo automatizado sem outro desejo senão o de conseguir mais uma pedra.
Veja a hipocrisia: não podemos interná-lo contra a vontade, mas devemos mandá-lo para a cadeia assim que ele roubar o primeiro transeunte.
A facção que domina a maioria dos presídios de São Paulo proíbe o uso de crack: prejudica os negócios. O preso que for surpreendido fumando apanha de pau; aquele que traficar morre. Com leis tão persuasivas, o crack foi banido: craqueiras e craqueiros presos que se curem da dependência por conta própria.
Não seria mais sensato construirmos clínicas pelo país inteiro com pessoal treinado para lidar com dependentes? Não sairia mais em conta do que arcar com os custos materiais e sociais da epidemia?
É claro que não sou ingênuo a ponto de acreditar que, ao sair desses centros de tratamento, o ex-usuário se tornaria cidadão exemplar; a doença é recidivante. Mas pelo menos ele teria uma chance. E se continuasse na cracolândia?
E, se ao receber alta contasse com apoio psicológico e oferta de um trabalho decente, desde que se mantivesse de cara limpa documentada por exames periódicos rigorosos, não aumentaria a probabilidade de permanecer em abstinência?
Países, como a Suíça, que permitiam o uso livre de drogas em espaços públicos, abandonaram a prática ao perceber que a mortalidade aumenta. Nós convivemos com cracolândias a céu aberto sem poder internar seus habitantes para tratá-los, mas exigimos que a polícia os prenda quando nos incomodam. Existe estratégia mais estúpida?
Faço uma pergunta a você, leitor, que discordou de tudo o que acabo de dizer: se fosse seu filho, você o deixaria de cobertorzinho nas costas dormindo na sarjeta?
Folha de São Paulo - DRAUZIO VARELLA

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Drogas no trabalho - Cada vez mais comum

Há muito tempo fora de controle, o consumo de drogas no Brasil toma proporções cada vez maiores, inclusive com prejuízos na mão-de-obra. Há quatro meses, Daniel Meana, 33, levou um ultimato dos donos da empresa que gerencia: ou parava de usar drogas ou seria demitido.
Ele prometeu deixar o vício. A doença, no entanto, foi mais forte, desabafa Meana.
Gastou R$ 900 de um adiantamento em menos de um dia -saiu da companhia às 14h de sábado e voltou para casa às 2h de domingo. "Fiquei bebendo cerveja e cheirando cocaína", lembra.
A perda de controle gerada pela experiência e uma briga o fizeram parar. O profissional decidiu buscar ajuda em clínica de reabilitação.
Depois de um mês internado, voltou à empresa e teve seu cargo de volta. O rendimento profissional melhorou tanto que recebeu aumento.
Histórias como a do gerente têm se repetido no Brasil. No primeiro semestre de 2011, 21.273 trabalhadores foram afastados de seus postos para tratar transtornos causados pelo uso de substâncias psicoativas -que agem no sistema nervoso central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição.
Alta de 22%
O número representa crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2010 (17.454). São licenças concedidas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por problemas causados por uso de drogas ilícitas como cocaína e abuso de remédios sedativos e estimulantes, como antidepressivos e ansiolíticos (para controle da ansiedade).
Dos executivos, 15% usam substâncias psicoativas, segundo pesquisa do HCor (Hospital do Coração) com 829 pessoas de abril de 2009 a março de 2010, obtida com exclusividade pela Folha.
Competitividade, pressão por resultados e solidão são uma combinação explosiva entre executivos. Com receio de perder o posto e impelidos a trazer retorno para a companhia, muitos escondem o uso de drogas -sejam ansiolíticos sejam drogas ilícitas.
"O executivo é muito solitário, e o ambiente é altamente competitivo. A demonstração de fraquezas é duramente tratada", afirma Antonio Carlos Worms Till, diretor da clínica Vita Check-Up.
A imagem que as corporações têm dos profissionais que compõem o alto escalão é a de heróis. "Se ele não for o super-homem, será preterido em relação a outros e malvisto politicamente", frisa.
O cenário torna a identificação de executivos para tratamento e auxílio dentro das companhias uma tarefa hercúlea. A dificuldade é sentida até mesmo em hospitais.
As psicólogas Mariana Guarize e Janaína Xavier Santos, que coletaram dados sobre uso de remédios controlados e drogas ilícitas para pesquisa no HCor, contam que, frequentemente, o profissional só assume o uso de psicotrópicos em entrevista, não em formulários.
Com informações da Folha

sexta-feira, 8 de julho de 2011

CURSO DE PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

Até o dia 15 de julho de 2011 estão abertas as inscrições para a 4ª edição do Curso Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias, promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD do Ministério da Justiça. O Curso será executado pela Secretaria de Educação a Distância (SEaD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O curso será ofertado na modalidade de Educação a Distância – EaD, com carga horária de 120 horas, durante um período de 03 meses, para 15.000 conselheiros municipais e líderes comunitários de todo o Brasil, com o intuito de fortalecer a atuação em rede para a prevenção da violência e da criminalidade relacionadas ao uso indevido de drogas.
O curso é gratuito e oferece certificado de extensão universitária emitido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Poderão participar Conselheiros atuantes nos Conselhos Municipais de Segurança, Sobre Drogas, Tutelar, Direitos da Criança e do Adolescente, Educação, Saúde, Assistência Social, Conselhos Escolares, Juventude, Idoso e Trabalho, Conselho de Segurança Comunitária e Líderes Comunitários atuantes em ações de prevenção ao uso de álcool e outras drogas.
O conteúdo do curso foi elaborado por especialistas da área e reúne informações atualizadas sobre: classificação das drogas e seus efeitos, padrões de consumo de drogas, tratamento, redução de danos, prevenção ao uso de drogas, legislações, políticas públicas sobre drogas e outros assuntos correlatos.
Após o processo de triagem dos inscritos, os alunos selecionados receberão uma mensagem eletrônica, da Universidade, solicitando que eles efetivem a sua matrícula e comunicando outras orientações sobre o curso.
Para fazer a inscrição, entre no portal http://conselheiros.senad.gov.br
Para mais informações, ligue para (48) 3952-1900 ou entre em contato pelo e-mail:conselheiros4@sead.ufsc.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

CRACK - A ficha criminal da droga

NOME: Existem duas versões para o origem do nome crack. A primeira faz referência ao barulho da droga quando aquecida. Quando colocada em panela simples, a mistura da pasta da cocaína com bicabornato e água, ao ressecar e formar pedras, emite estalos que lembram o nome da droga. A outra versão para a criação do nome é bastante semelhante , mas faz referência ao barulho que a pedra faz quando o usuário está fumando.

ORIGEM: Três drogas têm origem a partir da folha da coca: crack, cocaína em pó e merla. A diferença entre elas é que a cocaína em pó precisa de um processo de refino mais elaborado, por isso tem um custo mais elevado. A borra que sobra desse refino dá origem ao crack e a merla, que são processados a partir dessa pasta-base, que é a parte mais impura do material.

COMO É CONSUMIDO: Em pedras, a droga é aquecida e geralmente fumada em cachimbos, cigarros e até mesmo em latas de alumínio. Em algumas vezes as pedras também são misturadas ao tabaco ou à maconha.

EFEITOS: Crise de euforia, bem-estar e aumento da pressão arterial são alguns dos efeitos que resultam do uso da droga. Sob essas condições do crack, é comum que o usuário tenha alucinações e fique paranóico, podendo até mesmo ter momentos de ilusão de perseguição. Por ser uma droga pesada os efeitos são apresentados em até 15 segundos e duram cerca de cinco minutos.

*Após o uso, o índivíduo entra em profunda depressão, daí vem a necessidade aguda de fumar novamente para compensar o mal estar . O nível de dependência é alto, podendo acontecer instantaneamente, na primeira vez que se fuma a droga.

QUEM É ESSE USUÁRIO?

Já não se pode dizer que o crack é consumido apenas pela população carente. O perfil do usuário mudou e está ainda mais abrangente.
Alerta! Esse é o estado que estamos! Num país onde um terço da população bebe de forma abusiva, segundo dados recentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). O grande problema da estimativa é que o álcool pode se tornar a porta de entrada para substâncias mais pesadas. Porém, com o alastramento e a facilidade em se conseguir o crack, a rota de consumo se modificou e muitos usuários já pulam etapas.
"Há, sim, pessoas que se atrevem a experimentar de cara o crack, apesar de o caminho geralmente começar na bebida. Essa precipitação tem a ver com a disponibilidade impressionante dessa droga", afirma Carlos Salgado, psiquiatra e presidente da Abead. Cecília Mota, psicóloga da Unifesp e coordenadora do projeto de Refugiados Urbanos, que atende meninos de rua no centro de São Paulo, acredita que a sequência de experimentação de drogas é muito pessoal. "Tem a ver com o contexto que a pessoa está inserida. Na rua, por exemplo, a cola se faz muito presente. Hoje o crack também. Mas nem todo mundo gosta. Há meninos que experimentaram e não tiveram afinidade", ressalta a especialista. Segundo Camila Magalhães Silveira, psiquiatra do Hospital das Clínicas em São Paulo e coordenadora do Cisa , aponta o estudo realizado pelo pesquisador James Antony  da Universidade de Michigan, Estados Unidos, como a mais aceita atualmente. "Indivíduos que fazem uso de álcool têm três vezes mais chances de consumir maconha. A partir daí a probabilidade de utilizar cocaína é 11 vezes superior em relação a quem não fuma maconha. Quanto ao crack, não há mensuração. Mas podemos dizer, pela observação, que passar para a próxima etapa tem muito a ver com a renda do usuário", diz a psiquiatra. "Como a cocaína é uma droga cara, mesmo o consumidor mais abastado e muito dependente acaba se rendendo ao crack", completa.
A questão é que com um efeito de apenas oito minutos, mas muito mais estimulante que a cocaína, o crack gera um círculo vicioso com a repetição do uso incontrolado.
"É uma ciranda, na medida em que a curta duração e o preço baixo induzem a mais uma dose sempre", explica Salgado. De acordo com o médico, a abrangência da droga chegou a níveis tão altos que definir apenas um perfil de usuário tornou-se tarefa impossível. Antes formado por pessoas de baixo poder aquisitivo, socialmente desestruturadas, hoje a droga chegou à todas as classes. "Embora a grande massa continue sendo de jovens em situações de vulnerabilidade, já atendo técnicos de enfermagem , colegas de profissão. O perfil, sem dúvida, está se alargando", afirma o psiquiatra. Um estudo em fase final, conta Salgado, traçará quem é o consumidor de crack no Brasil.

domingo, 3 de julho de 2011

RDC/ANVISA - PADRÃO P/ COMUNIDADES TERAPÊUTICAS

RESOLUÇÃO - RDC No 29, DE 30 DE JUNHO DE 2011.
Legislações - ANVISA Sex, 01 de Julho de 2011 00:00.
RESOLUÇÃO - RDC No 29, DE 30 DE JUNHO DE 2011
Dispõe sobre os requisitos de segurança sanitária para o funcionamento de instituicções que prestem serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11, do Regulamento aprovado pelo Decreto no. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos § § 1o e 3o do art. 54 do Regimento Interno nos termos do Anexo I da Portaria no. 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 30 de junho de 2011, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação: