Pesquisa aponta que quando a enzima PKC ípison é inibida, o sistema de recompensa ao cigarro e ao álcool também são inibidos
Uma enzima natural no corpo parece desempenhar um papel importante no controle do cérebro à nicotina e ao álcool. Em testes feitos em laboratório, pesquisadores da Clínica Ernest Gallo e do Centro de Pesquisa, da Universidade da Califórnia, descobriram que a enzima chamada proteína quinase C (PKC, sigla em iglês) ípsolon interferia na maneira como camundongos reagiam às duas substâncias: ficando viciados ou não.
O estudo foi publicado na versão on-line do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Uma enzima natural no corpo parece desempenhar um papel importante no controle do cérebro à nicotina e ao álcool. Em testes feitos em laboratório, pesquisadores da Clínica Ernest Gallo e do Centro de Pesquisa, da Universidade da Califórnia, descobriram que a enzima chamada proteína quinase C (PKC, sigla em iglês) ípsolon interferia na maneira como camundongos reagiam às duas substâncias: ficando viciados ou não.
O estudo foi publicado na versão on-line do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Durante a fase de testes, os camundongos modificados geneticamente para não terem a PKC ípsilon consumiram menos soluções de água contendo nicotina, frente aos animais normais. Eles foram ainda menos suscetíveis à voltar para uma câmara onde haviam recebido nicotina. Em contraste, os animais normais acabaram por aumentar o consumo de nicotina – o que não aconteceu com aqueles que não tinham a PKC.
Em camundongos normais, assim como em humanos, a nicotina se liga a uma determinada classe de receptores localizados nos neurônios, o que acaba por fazer com que a dopamina seja liberada no cérebro. Como a dopamina cria um sentimento de prazer, sente-se uma sensação de recompensa – ao fumar, a pessoa sente o desejo realizado. Segundo Robert O. Messing, diretor sênior da Clínica Ernest Gallo e professor de neurologia, e Anna M. Lee, coordenadores do estudo, os animais que não tinham a PKC ípsilon também não tinham esses receptores de nicotina.
Álcool - A descoberta complementa pesquisas anteriores, nas quais Messing havia notado que camundongos geneticamente modificados para não terem a enzima PKC ípsilon bebiam menos álcool do que os animais normais, além de serem menos suscetíveis a retornar para uma câmara onde haviam recebido álcool. “Isso pode significar que esses camundongos não recebem a mesma sensação de recompensa da nicotina e do álcool. Pelo o que pudemos ver, essa enzima regula a parte do sistema de recompensa que envolve esses receptores de nicotina”, diz Messing. O sistema de recompensa é um complexo de áreas no cérebro que afetam o desejo por nicotina, álcool e outras substâncias viciantes.
O próximo passo da pesquisa, diz Messing, será desenvolver compostos eficientes em inibir a PKC ípsilon. Assim, será possível criar medicamentos que poderão ser usados para eliminar o vício ao cigarro e ao álcool, apenas ajudando cada pessoa a superar os mecanismos de recompensa no cérebro.
Fonte - veja.com
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