sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Crack = Esgotamento Físico e Mental


O uso contínuo do crack leva a um estado mental conhecido como"burnout" ( cérebro queimado, numa tradução livre do inglês ), que é o nome dado a uma forma muito grave de esgotamento mental e físico, que impede a pessoa de trabalhar, de conviver, de ter uma vida normal. Para os neuropsicólogos, é uma doença que surge devido a excesso de estresse intelectual e emocional, e por uso de drogas, cuja recuperação demora cerca de um a dois anos - mas as sequelas mantêm-se por muito mais.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Maconha Causa Câncer no Testículo


Maconha causa câncer no testículo, alerta estudo divulgado hoje pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. A pesquisa alerta: ” 1 a cada 4 pacientes com câncer no testículo fuma maconha”.
500 pacientes são atendidos, mensalmente, na clínica de uro-oncologia do Icesp. Destes, 30% apresentam tumores localizados no testículo, dos quais 70% têm sinais de doença avançada (fora do testículo) no momento do diagnóstico.

O Início da Recuperação


“Uma jornada de milhares de quilômetros começa com um único passo"
    Se você está em recuperação, você deu os primeiros passos de uma jornada que vai durar o resto de sua vida. Parabéns por tudo o que você fez até agora. Muitas pessoas em recuperação dizem que aprender se relacionar com suas crianças e jovens de uma forma diferente de quanto estavam bebendo ou usando drogas é a parte mais difícil do processo. Mas também pensamos que, com a ajuda necessária, pode ser a mais recompensadora.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sugestões Para Pais em Famílias com Alcoólatras




Apesar de que seria o ideal se o pai ou mãe alcoólatra parasse de beber, eles não precisam fazê-lo para que o companheiro (a) não alcoólatra ajude seus filhos.  A sobriedade pode não acontecer até que os filhos cresçam. Apesar de que muito do que os pais podem fazer para ajudar seus filhos dependa da situação da família, existem algumas coisas que todos os pais podem fazer. Essas sugestões são oferecidas para mães e pais, mesmo que apenas um deles seja alcoólatra.

O Psiquiatra e o Estigma de Saúde Mental


Por UNIAD   

 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Transtornos Psiquiátricos e Dependência Química


As pessoas que fazem uso de substâncias, que podem ser causas de muitos problemas em suas vidas, quase nunca escolheram a complicada situação na qual vivem.
Muitos fatores juntos podem levar uma pessoa ao uso continuado de uma substância:

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Preço da Vida: R$ 10

Quinta-feira, 17h. Faltavam só 60 minutos para a vida de Daniel acabar. A mãe não confiava mais em dar dinheiro para o filho de 15 anos que já tinha roubado a vizinhança toda e torrado tudo em droga. “Os homens” tinham prometido dar o tiro na cara.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dependência de Drogas

A dependência pode ser identificada quando a pessoa tem dificuldade de parar ou diminuir o uso de drogas por decisão própria, apesar de, muitas vezes, perceber problemas relacionados ao seu uso, como conflitos familiares, no trabalho ou nos estudos.
Você sabe o que é Fissura?
É uma vontade incontrolável que a pessoa sente de usar a droga com frequência.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

ÁLCOOL MATA TANTO QUANTO O CRACK


Estudo da Unifesp revela que 17% dos dependentes atendidos morreram após cinco anos; na Inglaterra, o índice é de 0,5%; violência e doenças relacionadas ao vício em álcool foram as principais causas de morte; religião é apontada como fator de proteção.
Lígia Formenti / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ABRAFAM - Associação Brasileira de Apoio às Famílias de Drogadependentes


abrafam  O uso indevido de drogas é uma séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e sociedades. Suas conseqências infligem enorme prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pais Subestimam o Uso do Álcool e Drogas Pelos Filhos.


Quando o assunto é drogas e álcool na adolescência, a maior parte dos pais prefere acreditar que o problema existe, mas com o vizinho, e não com os próprios filhos. Isso é o que sugere um novo estudo norte-americano, que descobriu que a maior parte dos pais crê que mais da metade dos adolescentes ingerem álcool – mas eles não incluem os próprios filhos nessa estatística.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Governo de SP lança Coordenação de Políticas sobre Drogas


Programa foi lançado nesta segunda no Centro de SP.
O governo de São Paulo lançou nesta segunda-feira (12) a Coordenação de Políticas sobre Drogas (COED). Várias secretarias de estado, como a da Justiça, da Saúde e de Educação vão trabalhar em conjunto para combater o problema e reabilitar os dependentes químicos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Enzima Pode ser Solução Para o Vício em Álcool e Tabaco


Pesquisa aponta que quando a enzima PKC ípison é inibida, o sistema de recompensa ao cigarro e ao álcool também são inibidos
Uma enzima natural no corpo parece desempenhar um papel importante no controle do cérebro à nicotina e ao álcool. Em testes feitos em laboratório, pesquisadores da Clínica Ernest Gallo e do Centro de Pesquisa, da Universidade da Califórnia, descobriram que a enzima chamada proteína quinase C (PKC, sigla em iglês) ípsolon interferia na maneira como camundongos reagiam às duas substâncias: ficando viciados ou não.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fissura por Crack - Uma Mistura de "Insanidade" e "Compulsão"


Definida como um forte impulso para utilizar uma substância, a fissura é considerada fator crítico para o desenvolvimento do uso compulsivo e dependência de drogas e para recaídas após período de abstinência.
O padrão de consumo intenso, contínuo e repetitivo de crack, chamado de binge, é provocado pela fissura e pode durar dias até que o suprimento de droga termine, ou que haja a exaustão do usuário.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Cada Três Horas um Brasileiro se Afasta do Trabalho Para Tratar a Dependência Química


Número de afastamentos no primeiro semestre deste ano foi 22% maior que em 2010
Do Jornal da Record
A cada três horas uma pessoa recebe licença do trabalho para tratar a dependência química, em todo o país. Segundo o ministério da Previdência Social, só no primeiro semestre deste ano, 21 mil trabalhadores foram afastados do serviço por este motivo, um aumento de 22% comparado ao mesmo período de 2010.

Governo Descumpre Metas Anunciadas em Plano de Enfrentamento ao Crack


Vinte milhões de brasileiros viciados em álcool, quase 4 milhões de usuários de maconha e uma quantidade ainda indefinida de dependentes de crack, com estimativas que variam de 600 mil a 2 milhões, são insuficientes para mobilizar o governo federal na construção de uma rede de atendimento. Mais de um ano depois do lançamento do Plano de Enfrentamento ao Crack, o Ministério da Saúde (MS) não conseguiu cumprir nenhuma meta prometida na ocasião. Dos 136 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) especializados em drogas previstos para o fim deste ano, apenas 20 saíram do papel. Só dez unidades funcionam 24 horas no país, embora 110 tenham sido anunciadas. E nem 250, entre os 2,5 mil leitos em hospitais gerais prometidos, chegaram a ser abertos.

Apresentação Oficial da Coordenação de Políticas Sobre Drogas do Estado de São Paulo

domingo, 4 de setembro de 2011

Que Deus nos Livre das "Paulinas" - Crack não é Bombom


129_128-codigoBlog do Noblat
O governo da presidente Dilma Rousseff abriga uma fauna que vai do exótico ao predador, com alguns espécimes raros. Exemplo do lado escuro do zoo é a médica Paulina Duarte, secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, que nega haver “epidemia de crack” e diz que quem combate entorpecente está fazendo “pedagogia do terror”.
Em diferentes cargos, Paulina está na Senad desde o descobrimento do Brasil, em 2003. Portanto, não é coincidência que o crack tenha se transformado na epidemia que ela nega.
É fruto de muita incompetência, ideologia retrógrada e falta de atenção da Presidência da República, que não exonera um tipo desses.
Tempos atrás, com aquela cara de petista no crachá da repartição, Paulina se arvorou no Senado de representante da República, pois teria unificado em torno de sua ineficiência os ministérios da Saúde e da Justiça.
Pedagogia do terror é gente desse quilate falar em nome de pastas tão importantes. O titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu essa herança maldita, estacionada na poltrona há cinco ministros, e não teve forças para exonerá-la.
O da Saúde, Alexandre Padilha, pertence à parte clara da floresta, porque foi a cracolândias sentir de perto o drama de usuários transformados em molambos. Voltou de lá apoiando a internação compulsória, uma saída para oferecer tratamento aos dominados pelo vício, cuja única vontade é usar drogas o tempo inteiro.
O que Padilha viu sob marquises em São Paulo é a epidemia negada por Paulina. Está na maior das cidades e em todas as aglomerações, de qualquer número de habitantes. A dor das famílias é pungente, principalmente das mães. O sofrimento espalha-se entre os amigos.
O dependente químico abandona tudo, escola, trabalho, casa. Gasta seus pertences, passa a pegar dos pais e aí vem a primeira fase crudelíssima, a fuga. Ganha as ruas, perde a vida. Quando não é o traficante que mata, morre num roubo em busca de dinheiro para pagar as pedras, morre com os efeitos do crack no organismo.
Vítima do entorpecente, mas também de autoridades como Paulina.
Impossível olvidar o clamor. No ano passado, pedi na internet sugestões de projetos. Milhares sugeriram fazer algo para combater o crack e a forma é a do tratamento.
A ala do governo que deixa o usuário morrer à míngua despenalizou o uso de drogas, ou seja, a família nada pode fazer além de assistir ao definhar do ente querido. Para ela, não valem documentos legais como o Decreto-Lei 891, do distante 1938, ou a recente reforma psiquiátrica (10.216/2001).
Por isso, apresentei o projeto 111, em 2010, com regras que vão de ocupar as fronteiras aos cuidados com a saúde do usuário. Os aplausos populares foram no mesmo tom da repulsa oficial, pois a Esplanada parece ter uma paulina atrás de cada mesa. Mas, enfim, um detentor do poder deixou o gabinete e foi ouvir a voz rouca das cracolândias.
Paulina, no dicionário, significa praga, imprecação, forte reprimenda. Paulina, na Senad, precisa ouvir tudo isso, porque o País já não agüenta ver o seu futuro em andrajos com o cérebro carcomido.
Além da corrupção, os ministérios têm essa fauna a ser deglutida pelos bueiros durante a faxina, se limpeza houver. A irregularidade engole o dinheiro, a política pública errônea rouba a esperança.
O que será dos usuários com uma secretária que não os admite? O que será do Brasil com uma secretária maléfica que o ministro não demite?
Entre um Padilha sabedor dos caminhos corretos na busca pela solução e uma Paulina achando que pedra de crack é bombom, está a sociedade. O sentimento de impotência é tamanho que só lhe restam as orações e o choro. Recolher os trapos na calçada, reconhecer o corpo no IML e lamentar a perda.
Felizmente, surgiu um figurão na esquina e pode ser uma luz para os sobreviventes, um alento para quem já secou as lágrimas, um ponto a quem resistiu. E, já que Dilma não remove os entulhos da Senad, que Deus nos livre das Paulinas.
 Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM/GO)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sinal de Alerta


Caixas de Supermercados Emitirão um Sinal de Alerta Para Clientes Menores de !8 anos que Tentarem Comprar Bebida Alcoólica

A cervejinha é colocada sobre o caixa do supermercado, e o funcionário recebe o alerta do computador: "Proibida a venda de bebida alcoólica a menores de 18 anos".
O aviso aparece desde ontem nos terminais das lojas do Grupo Pão de Açúcar (que inclui ainda as bandeiras Extra e Assaí) para forçar que o operador peça RG a quem aparentar ser mais jovem.
Na teoria, pedir o documento é obrigação, já que é proibido por lei vender bebida a menores de 18 anos. Na prática, isso não acontece na maioria dos locais.
O pedido do RG na rede varejista é parte de uma campanha da Ambev, uma das maiores fabricante de cerveja do mundo, em parceria com o Grupo Pão de Açúcar.
O funcionário é treinado a digitar a data de nascimento no computador, que vai travar a venda se o cliente tiver menos de 18 anos.
Segundo Milton Seligman, vice-presidente de relações corporativas da Ambev, os trabalhadores assinam um termo em que se comprometem a pedir o documento.
A parceria vale inicialmente para as lojas de São Paulo e do Paraná, mas será estendida para o resto do país em outubro. Nas próximas semanas, uma campanha publicitária será veiculada na TV.
A cervejaria negocia com com a Abras (Associação Brasileira dos Supermercados) a adesão de outras redes.
Para evitar a venda ilegal em bares, a Ambev fez parcerias com ONGs, que distribuirão cartilhas a comerciantes. Bares que se engajarem poderão ganhar nova pintura, além de jogos de mesas e cadeiras. (GIBA BERGAMIM JR.)

Fim da Propaganda de Bebida Alcoólica na TV Pode Ser a Solução


O presidente da Comissão de Estudos sobre Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou nessa quinta-feira que, ao final dos trabalhos, a comissão vai propor o fim da propaganda de bebida alcoólica na TV. A declaração foi feita durante o Seminário Nacional de Políticas Públicas de Combate ás Drogas.

“Vai ser uma guerra. Nós avançamos muito quando tiramos a propaganda de cigarro da televisão. Em menos de 8 anos, nós tiramos mais de 30 milhões de brasileiros do tabaco. O País tinha 32% de fumantes, hoje são 17%. O álcool causa um prejuízo enorme ao Brasil, por isso temos que diminuir o incentivo ao consumo de álcool”, disse Lopes.

O moderador do Portal e-democracia, Bruno Porto, ressaltou que a propaganda deve ser feita apenas para informar sobre o uso, riscos e características das drogas. “A propaganda para incentivar o uso de uma droga como o álcool é totalmente errada. Hoje a gente vê a propaganda de bebida alcóolica em competição de futebol. Existe a hipocrisia de que o álcool é uma droga leve, mas é, na verdade, extremamente perigosa”, assinalou.
Legislação para o crack 
Outra ideia que surgiu durante os trabalhos da comissão é produzir uma legislação específica para o crack, com aumento de pena de acordo com o poder da substância de causar dependência e os prejuízos que causa à saúde.

“Em relação ao crack precisamos de uma legislação específica para a repressão, porque ao contrário da cocaína, em qualquer fundo de quintal é possível montar um laboratório para produzir crack. A repressão deve ser em relação ao traficante. O usuário é uma questão de saúde pública”, defendeu Lopes.
Para Bruno Porto, deve haver políticas específicas para cada tipo de droga. Mas, na sua opinião, o aumento de pena é uma medida que não resolve, não inibe o uso. “As pessoas que fazem a venda final são aqueles que não tiveram oportunidade de estudo, de educação. Prender por mais tempo não vai reduzir a oferta de pessoas dispostas a trabalhar em um mercado altamente lucrativo”, afirmou.
Uma das proposições que deve tramitar ao fim dos trabalhos da comissão, é o Projeto de Lei 7663/10, do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que aumenta de 1/6 a 2/3 as penas para crime relacionado a drogas com alto poder de causar dependência. “Um terço dos usuários de crack morre antes de completar 10 anos de uso. O crack já domina mais de dois milhões de brasileiros”, afirmou.

Terra explicou que o projeto ainda cria a baixa involuntária, que hoje não existe. Atualmente a pessoa só se trata se quiser, ou quando há a internação compulsória determinada por um juiz quando a pessoa oferece risco à sociedade.

“Temos que ter um meio termo, em que o médico possa decidir sobre a internação. Muitas vezes a família sofre mais que o usuário, ela é penalizada em dobro porque não perde a consciência e vê a deterioração moral e física do ente querido sem conseguir fazer nada. Então, ela deve ter o direito de fazer o pedido de internação”, enfatizou.
Preço dos cigarros
A comissão deve propor também o aumento do preço dos cigarros. Segundo Reginaldo Lopes, a história de que o Brasil tem o cigarro mais caro do mundo é balela. “Nós temos o sexto cigarro mais barato do mundo. Vamos criar mais um valor fixo, por exemplo, R$ 2,00 a mais. Esse dinheiro vai para o Fundo Nacional sobre Drogas, que foi criado, mas não tem recurso. As cartelas ficariam em torno de 4,50. Ainda está muito barato pelo prejuízo que fumar causa ao Sistema Único de Saúde”.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Porque as Pessoas Usam Ácool e Outras Drogas?

Há muitos fatores que influenciam, mas, sem dúvida, o mais importante é pela capacidade de estas substâncias produzirem prazer e reduzirem situações desagradáveis.
Cada droga age de um modo, mas todas as drogas de abuso agem, direta ou indiretamente, em um mesmo local do cérebro, responsável pelas sensações de prazer. Normalmente, esta região do cérebro, responsável pelas sensações de prazer. Normalmente, esta região do cérebro é estimulada quando sentimos prazer determinado por causas físicas, comer, por exemplo, ou por causas psicológicas, como olhar para uma paisagem bonita ou escutar uma música da qual gostamos.
Todas as drogas de abuso (incluindo o álcool) fazem com que nosso cérebro libere maior quantidade de uma substância chamada dopamina, que age na comunicação entre os neurônios (por isso chamada "neurotransmissor"). Este aumento de dopamina gera uma sensação de prazer.
Lembre-se:
Para pessoas que não sentem muito prazer com outras coisas, usar bebidas alcoólicas ou outras drogas é especialmente importante. Por isso, no tratamento de pessoas com dependência é muito importante encontrar outras fontes de prazer que possam "substituir" o prazer causado pelas drogas. Além da sensação de prazer, algumas pessoas procuram nas drogas uma sensação de "alívio" para um desconforto - que pode ser uma sensação de tristeza, de depressão, de ansiedade ou os sintomas causados pela falta de drogas. Desta forma, elas usam as bebidas alcoólicas ou outras drogas quase como uma auto-medicação. Nestes casos é possível que elas precisem de ajuda especializada.

Por - Alex Araujo 
Presidente do COMAD

DF investe $65 milhões em um Plano de Enfrentamento ao Crack que será Modelo para Outros Estados

A droga que não escolhe classe social e tem destruído famílias inteiras em todo o país e no Distrito Federal começa a ser combatida com maior rigor a partir de hoje. Às 15h, o governo lança o Plano de Enfrentamento ao Crack e a outras Drogas, orçado em R$ 65 milhões, que deverão ser gastos em quatro anos. Com esses recursos, o Executivo promete desenvolver ações que envolvem setores como a saúde, assistência social, educação e segurança. Entre as principais medidas, estão a construção de unidades e a contratação de profissionais para tratar os dependentes químicos. No total, 15 secretarias participam do programa, que será dividido em três pilares: prevenção, tratamento e repressão.

O lançamento do plano, que deve contar com a presença da presidente Dilma Rousseff, será feito pelo governador Agnelo Queiroz durante a inauguração do primeiro Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps AD) 24 horas da capital, localizado próximo à Rodoviária do Plano Piloto, no antigo Touring. A unidade terá um ambulatório móvel para atender a população de rua. O Correio obteve, com exclusividade, os detalhes do plano que pode servir de exemplo para todo o país (veja quadro). A primeira ação será contratar 250 profissionais para atuar nas unidades terapêuticas do DF e nos Caps AD.

Atualmente, a estrutura de assistência a dependentes químicos é insuficiente para a reabilitação de viciados. Existem apenas 12 Caps em todo o Distrito Federal, que hoje concentra mais de 2,5 milhões de habitantes. Apenas quatro são voltados para o tratamento de álcool e drogas. Além da unidade que será inaugurada hoje, a previsão é que até o fim deste ano mais seis Caps AD sejam construídos. Além do Plano Piloto, o tráfico e o consumo de drogas são problemas considerados críticos em cidades como Taguatinga e Ceilândia. Por isso, o governador vai autorizar a criação de Caps nessas últimas duas regiões. “Haverá um combate implacável ao tráfico nessas três cidades do DF, onde a presença da droga é mais agressiva. Vamos instalar no centro da cidade nossa área de segurança com policiamento permanente e varrer o tráfico das ruas, além de intensificar as ações nas portas das escolas. Brasília vai ser um exemplo para o Brasil no enfrentamento do crack”, garante Agnelo Queiroz.

Uma novidade do plano é a criação de um consultório de rua. Em uma van, psicólogos, médicos e agentes sociais vão trabalhar com os usuários. A princípio, o governo não quer fazer internações compulsórias, a exemplo da ação adotada no Rio de Janeiro. “O DF segue normas internacionais feitas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que preveem a impossibilidade da internação compulsória. Não vamos descumprir isso. As pessoas serão convencidas nas ruas a se tratar”, afirmou o secretário de Justiça, Alírio Neto. Porém, ele admite que se a equipe de tratamento perceber uma dificuldade do usuário em responder pelos próprios atos, a internação imediata pode ser feita com autorização judicial.

Quadro preocupante
As ações voltadas para o combate ao uso e tráfico de entorpecentes tentarão reverter um quadro preocupante no DF. O crack, a droga da vez, virou epidemia. O consumo na Rodoviária do Plano, um dos pontos críticos, ocorre à luz do dia e a poucos quilômetros da sede dos poderes local e federal. A reportagem do Correio percorreu ontem a área central de Brasília e, entre as cenas chocantes, se deparou com uma criança de 13 anos caída em meio a um monte pombos e debaixo do sol escaldante. O tio dele, Paulo* (leia depoimento na página 22), tinha acabado de chegar do Cruzeiro, onde passou o dia catando latinhas. Ele contou à reportagem que chega a ganhar R$ 12 por dia, mas gasta tudo com o crack e comida. “Quando passo mais de dois dias sem usar crack, fico tremendo todo e tenho que ir para o hospital.”

O plano deve oferecer tratamento a adolescentes como aquele que dormia ontem na rodoviária sob efeito do crack, mas também coibir a proliferação da droga. Um levantamento de todas as áreas de risco está sendo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para que as ações de repressão possam ser pontuais e eficazes. Utilizadas com sucesso no Reino Unido e em outros países, as câmeras de segurança também estão no plano do DF. Inicialmente, 18 delas com alta tecnologia serão instaladas para facilitar a identificação de traficantes.

Além disso, todas as delegacias terão setores de repressão ao tráfico. Profissionais treinados e especializados estarão prontos para identificar possíveis pontos críticos e atender à população. Será ampliada ainda a execução dos mandados de prisão contra os traficantes. “É preciso ser implacável, enérgico, na luta contra as drogas. Não dá para a gente permitir que crianças, adolescentes e adultos sejam escravizados pelo crack”, diz o governador Agnelo Queiroz.



Por - Mara Puljiz e Manoela Alcântara
Fonte - Correio Brasiliense